terça-feira, 17 de novembro de 2009

DEFESA AUTONOMIA E LIBERDADE DAS MULHERES


A Fé-Minina apoia e assino Manifeso em Defesa da Autonomia, organizado pela Frente Regional de Combate a Violência contra a Mulher, que repudia o fato ocorrido dentro da dependências de uma "instituição de esino", na cidade de São Bernardo do Campo, dia 22/10/09, quando uma jovem teve todos os seus direitos violados pelo simples fato de trajar uma roupa curta em um dia de calor, mais de 700 estudantes a humilharam publicamente, a ofenderam, a ameçaram e ela teve que ser escoltada pela policia para poder sair do lugar onde ocorreu tal ato de selvageria, pois a univesidade não garantiu a segurança e integridade de Geysy.


Repudiamos todas as formas de preconceito e discriminação.


Somos contrárias as atitudes machistas e retrogradas dos/as alunos/as, mas principalmente por parte da UNIBAN que transformou a vítima em ré, ao expulsá-la do curso de Turismo e acusá-la como culpada por todos os atos.


A mesma universidade voltou atrás em sua decisão, após perceber a repercursão negativa da atitude tomada com a expulsão unilateral, de toda opinião pública nacional e internacional, assim como de inúmeros protestos do movimento feminista e estudantil em apoio a jovem e contra ao falso-moralismo dessa insituição.


Defendemos a AUTONOMIA e a LIBERDADE de Geysy Arruda, assim como de todas as mulheres. Em nome dessa jovem fortalecemos nossa luta diária contra o machismo e o patriarcado.


E seguiremos em movimento para transfomar o mundo!

quarta-feira, 8 de abril de 2009



Nova Coordenação da Fé-Minina - Movimento de Mulheres de Santo André

No último dia 30 de março, realizamos a Assembléia Ordinária Anual da Fé-minina, na qual que foi eleita a nova coordenação e conselho deliberativo para o triênio 2009/2011:

Cristina Pechtoll - Coordenadora Geral
Ana Santos - Secretária Geral
Helena Bento - 1ª Secretária
Maria da Penha Santana - 2ª Secretária
Zilda Pacheco - Administradora Financeira
Cleide Alves - 1ª Suplente
Raimunda Nonata - 2ª Suplente

Nesse mesmo dia fizemos a leitura do relatório de atividades do período 2006/2008, correções e aprovação.

Aconteceu uma chuva de idéias para as atividades a serem desenvolvidas no próximo triênio e com o resultado será feito o planejamento nas próximas segundas feiras, conforme data, horário e local informados acima.

Mais do que nunca, o momento exige das mulheres mais organização e ação, então venha contribuir com sua energia, ousadia e garra.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Curso de Promotoras Legais Populares de Santo André


PERÍODO:
De 23/03/2009 a 30/09/2009
Horário: 18h30 às 21h30.

Local: FAINC – Faculdades Integradas Coração de Jesus. Rua Siqueira Campos, 483, Centro, Santo André.

Aula inaugural OAB 18/03/2009

CURSO DE PROMOTORAS LEGAIS POPULARES DE SANTO ANDRÉ

Quem são e o que fazem as PLPs?
As PLPs, como são conhecidas as Promotoras Legais Populares, são mulheres que são capacitadas no funcionamento da Justiça, recebendo noções gerais sobre as Leis e sobre os Direitos Humanos e que trabalham, voluntariamente, a favor dos segmentos populares.
Faz parte de suas ações acompanharem casos de violação de direitos. A função básica de uma PLP é orientar, apoiar e encaminhar as mulheres vítimas de violência doméstica, sexual e urbana aos Serviços Públicos que prestam atendimento a essa demanda. Outra ação das Promotoras Legais Populares é atuar em suas comunidades estimulando as pessoas a observar deveres e a exercer seus direitos de cidadania.
Este curso possibilita a criação de novos espaços de articulação entre as mulheres, abre caminhos para a compreensão dos Direitos e Deveres e rompe barreiras no processo antidiscriminatório e contra a opressão, pois o curso objetiva desenvolver idéias de Justiça, Democracia e Dignidade, defesa dos Direitos Humanos e construção de relações igualitárias.
Os temas são vinculados às Leis e aos Direitos e à estrutura do Estado, visando à multiplicação de informações. Após a capacitação legal as mulheres passam a atuar como agentes de cidadania em suas comunidades, promovendo o controle social.

O conteúdo das aulas abrange três eixos: I - Gênero e Cidadania, II - Introdução ao estudo do Direito e das Leis e III - Direitos Humanos e Cultura de Paz, divididos em 26 aulas semanais de 03 horas cada, com carga total de 78 horas.
Haverá emissão de certificados para alunas que freqüentarem 80% do curso.

Tópicos abordados
18/03/2009 Aula inaugural
25/03/2009 - Integração da turma PROLEG
01/04/2009 - Oficina Gênero e Cidadania Arquiteta Terezinha Gonzaga/União de Mulheres de São Paulo
15/04/2009 - Gênero, Raça e Etnia Socióloga Sandra Carvalho Rodrigues/Negra Sim
22/04/2009 - Saúde da Mulher e Qualidade de Vida - Mastologista Andréa Cobero e Associação Viva Melhor
29/04/2009 - Gênero e Política Cristina Pechtoll/Fé-Minina – Movimento de Mulheres de Santo André
06/05/2009 – Prevenção de Violência Urbana Capitão PM Carlos Calciolari
13/05/2009 – Convenção para Eliminar Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher Promotora de Justiça Eliana Vendramini Carneiro
20/05/2009 - Organização do Estado e da Justiça Advogado Manoel Fernando Marques da Silva
27/05/2009 - A Evolução dos Direitos Humanos - Defensor Público Tiago Fensterseifer
03/06/2009 - Direitos Humanos na Constituição Federal Defensor Público Gustavo Reis
06/2009 - Estatuto da Igualdade Racial e Discriminação Racial e Aplicação da Lei 7716/89 Advogado Sinvaldo José Firmo/Fundação do Negro Padre Batista
10/06/2009 - Violência de Gênero e Lei Maria da Penha-11340/06 - Promotor Claudionor Mendonça dos Santos
17/06/2009 - Lei Maria da Penha-11340/06-Estudo de casos Defensoras Públicas Fernanda Contente e Taís Helena
24/06/2009 – Gênero e Religião ONG Entre nós
01/07/2009 - Sistema carcerário e gênero Psicóloga Mônica Soligueto/Instituto de Ação Contra Cena
08/07/2009 - Igualdade em Direito de Família - Defensora Pública Carolina Bega
15/07/2009 - Mediação de Conflito na Família e na Comunidade Advogada Maria Luiza Monteiro Canale
05/08/2009 - Estatuto da Criança e do Adolescente - Advogada Rosimeire Mantovan
10/08/2009 - Estatuto da Pessoa Idosa Defensora Pública Nádia Taffarelo
12/08/2009 - Noções de Direito Trabalhista e Assédio Moral Advogado Antonio Renan
19/08/2009 – Oficina Gênero e Masculinidade Psicólogo Flávio Urra
26/08/2009 - Direitos Sexuais e Reprodutivos ONG Católicas pelo Direito de Decidir
02/09/2009 - Estratégias de Redução de Danos Técnico de enfermagem e Redutor de Danos Reinaldo de Oliveira Leigo
09/09/2009 - Introdução para uma Economia sob a Perspectiva das Mulheres ONG Sempre Viva
16/09/2009 - Oficina Trabalho Comunitário e Construção de Redes Sociais Gestor de Políticas Públicas Edson Rodrigues e PROLEG
23/09/2009 - Participação Popular no Poder Ouvidor Geral da Defensoria Pública Willian Fernandes
30/09/2009 - Oficina Construindo a PLP Psicólogas Cássia A. Garcia dos Santos e Marlise de Souza Sardinha Passos/Coop Mútua-ação


FICHA DE INSCRIÇÃO

Nome: ____________________________________________________________________________
Endereço: ____________________________________Bairro: ________________CEP:___________
Estado Civil: __________________ Data de Nascimento: _______________ nº de filhos(as)______
Fone: ___________________ e-mail:___________________________________________________
Profissão: ______________________ Escolaridade: ____________________ Estuda: ( )sim ( )não
Por que se interessou pelo curso? ______________________________________________________

Como teve conhecimento do curso?_____________________________________________________
Vagas limitadas.

Inscrições: 02 a 18 de março de 2009.

Informações: tel. 2829-4660 a/c Maria.
Horário comercial.



OrganizaçÃo


PROLEG
Promotoras Legais Populares de Santo André.

APOIO INSTITUCIONAL
Defensoria Pública do Estado
FAINC


COLABORAÇÃO
Associação Viva Melhor
Católicas pelo Direito de Decidir
Cooperativa de Psicologia Mútua-ação
Fé-Minina – Movimento de Mulheres de Santo André
Fundação do Negro Padre Batista
Negra Sim
OAB Santo André
Organização Feminista Sempre Viva
União de Mulheres de São Paulo
Sindicato dos Químicos do ABC

sábado, 7 de março de 2009


DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Um dia para não esquecer

Por: Ivete Garcia*

Socióloga, Ivete Garcia, reflete sobre o Dia Internacional da Mulher

É com muita emoção e entusiasmo que registro o meu primeiro artigo como colunista, justamente na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de Março).
Acompanhamos no rádio, na TV e internet, entrevistas, artigos, debates, dicas de beleza, de saúde e culinária. Nas escolas, nas empresas, nas instituições, homenagens com flores, bombons, mensagens, serenatas. Nas ruas, passeatas e manifestações dão visibilidade à luta por direitos e contra todas as formas de discriminação. Uma data, um marco, uma celebração? Ouso dizer que tudo é válido. O importante é que no mundo todo esse dia está em pauta.
Ao longo dos anos, as agências de propaganda e publicidade criaram novas formas de lembrar o 8 de Março, distorcendo inclusive o objetivo com promoções de roupas, jóias e cosméticos. Não raramente, neste dia se ouve o questionamento - na maioria das vezes vindo da ala masculina – “Por que não se tem um dia só para homens?” Para responder a essa pergunta é preciso resgatar a história.
A instituição desta data deve-se ao assassinato, em 8 de março de 1857, de dezenas de operárias nos Estados Unidos. Elas faziam greve e reivindicavam redução de jornada, adoção da licença maternidade e melhores condições de trabalho. Por isso, o Dia Internacional da Mulher é um convite à reflexão: as mulheres são maioria na sociedade, mas historicamente foram excluídas do trabalho, da educação e da vida pública.
Claro que temos muitas conquistas a comemorar, mas duvido que o leitor ou a leitora não conheçam ao menos uma mulher que sofra de algum tipo de injustiça por sua condição feminina. Por isso, esquecer esse dia ou transformá-lo apenas em um dia festivo seria sucumbir a uma realidade que ainda está longe, muito longe da ideal. É só olhar à nossa volta: violência, abusos, assédio sexual, baixos salários, dupla jornada, sobrecarga no trabalho doméstico e educação dos filhos, humilhações, existência de leis conservadoras e ínfima presença das mulheres nos espaços de comando e poder.
Neste momento de estreia convido as mulheres - negras, brancas, idosas, jovens, deficientes, lésbicas - que individual ou coletivamente enfrentam as adversidades do cotidiano, a engrossarem as fileiras contra as injustiças e discriminações.

* Ivete Garcia é socióloga, mestre em administração e militante feminista. Foi assessora dos Direitos da Mulher na Prefeitura de Santo André; vereadora, presidenta da Câmara e vice-prefeita da cidade.